Thursday, October 30, 2008



Cláudia Costin - arquivo pessoal

Alagoas e seus desafios

Algo em torno de 250 pessoas estarão reunidas nesta sexta–feira (31), das 9h às 12h, no Auditório Aquatune do Palácio República dos Palmares, no Centro de Maceió, durante o “Seminário Perspectiva da Educação Brasileira na Construção de Consensos Democráticos”. Entre os palestrantes está Claudia Costin, que é vice-presidente da Fundação Victor Civita, professora do IBMEC-SP e da Universidade de Québec, no Canadá. Ela vem com a missão de discorrer sobre os “Desafios da Educação no Brasil”.

Em conversa, por telefone, com Costin – que já foi consultora dos governos de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe; e é especialista em gestão de políticas públicas, cursou doutorado em Gestão, mestrado em Economia e se graduou em Administração Pública pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP/FGV) – ela disse ao blogueiro que o cenário da educação brasileira ainda tem muitos problemas; e elencou, entre os motivos que levaram o País a esta situação, a formação inadequada de professores e os elevados índices de repetência e distorção idade-série.

Cláudia fez questão de frisar que há avanços positivos. Entre eles, a introdução de uma cultura de avaliação no Brasil, com o SAEB, a Prova Brasil, o ENEM, o IDEB e a participação no Pisa – Programa Internacional de Avaliação de Alunos, cuja principal finalidade é produzir indicadores sobre a efetividade dos sistemas educacionais. “É essencial destacarmos que tanto as escolas públicas quanto as da rede privada não se saíram bem na última edição do Pisa, realizada em 2006”, assegurou a palestrante.

Recentemente, o atual governador do Estado, Teotonio Vilela Filho, na posse dos novos diretores da rede estadual, em Maceió, destacou que o Estado possui metade da sua população abaixo da linha de pobreza, os maiores índices de mortalidade infantil e analfabetismo do Brasil e as menores taxas de saneamento e habitação. Sinceramente, ainda será preciso fazer muito para se tirar o Estado deste buraco sem fundo.



Wednesday, October 29, 2008






Fotos: Valdir Rocha

A força e a tradição sertaneja

O homem sertanejo é uma espécie de titã. Diariamente, enfrenta os dissabores nordestinos em meio à seca e, muitas vezes, a fome. Euclides da Cunha, autor do livro "Os Sertões", define com precisão este homem. Para o escritor, "O sertanejo é, antes de tudo, um forte".

Nas imagens acima é possível conferir – por meio do olhar atento do fotógrafo Valdir Rocha – que os sertanejos confrontam as dificuldades e mantêm as tradições como, por exemplo, o uso da carroça de burro e do carro de boi – meio simples e primitivo ainda em uso nos meios rurais, empregado também para o transporte de cargas (produtos agrícolas) e pessoas.

Wednesday, October 08, 2008


vereadora Heloisa Helena


senador Fernando Collor


senador Renan Calheiros

jornalista Mônica Veloso (para os alagoanos não esquecerem dela)


deputado federal Benedito de Lira



deputado estadual Judson Cabral
(Fotos do Google)

Cenário político ganha nova feição

Aqueles que estavam agourando a presidente nacional do PSOL – professora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e ex-senadora por Alagoas – Heloísa Helena (HH), acabaram queimando a língua. Ela superou expectativas e obteve 29.516 votos, ou seja, algo em torno de 7,40% dos votos válidos. Com isto, abocanhou uma vaga para vereadora na Câmara Municipal de Maceió. Heloísa chega com disposição ao novo cargo e deve adotar uma postura de independência para poder criticar e cobrar do prefeito as soluções para os problemas do povo. Além dela, outro integrante do Partido Socialismo e Liberdade foi beneficiado e se tornou vereador da capital alagoana. Trata–se de Ricardo Barbosa que com apenas 453 votos se elegeu. Isso graça a votação expressiva de HH.

Enquanto alguns saíram vencedores. Outros nem tanto. Como é o caso do ex–presidente da República Fernando Affonso Collor de Mello – aquele que confiscou a Conta Poupança dos brasileiros. O senador Collorido apoiou o seu filho, Fernando James - candidato a prefeito em Rio Largo - e o pupilo collorido não ganhou a eleição.

As frustrações de Collor não param por aí. Ele também deu apoio ao seu suplente de senador e candidato a prefeito, em Marechal Deodoro, Euclydes Mello, e o postulante ao cargo executivo ficou em terceira colocação. O senador também foi solidário a Petrúcio Barbosa, ex–prefeito de Igaci, que era candidato a prefeito em Palmeira dos Índios pelo PTB. Este também acabou derrotado. Em outra investida, Collor procurou apoiar Cícero Cavalcanti, em São Luiz de Quitunde, e não obteve êxito. Cavalcanti, conhecido como prefeito profissional, acabou em segundo lugar.

Um que deve estar rindo à toa e o senador Renan Calheiros. Depois do escândalo com a jornalista Mônica Veloso, o cacique do PMDB em Alagoas, parece ressurgir das cinzas – como a Fênix. O seu partido saiu desta eleição com saldo bastante positivo. Outro que também está de bem com a vida é o deputado federal Benedito de Lira (PP). O partido do parlamentar elegeu um número considerável de prefeitos e vereadores.

Já o deputado estadual Judson Cabral (PT) – que foi candidato a prefeito através da coligação PT/PDT – perdeu a eleição mais deve se considerar um vencedor. Judson começou a campanha com cerca de 3% das intenções de voto e acabou o pleito com quase 11%. Este percentual foi obtido praticamente sozinho.

Passada a eleição, só nos resta esperar e ver qual o percentual de promessas – proferidas durante o pleito eleitoral – que será cumprido.