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(foto google)

População brasileira mais humilde usa mais camisinha na primeira relação sexual.

Esta constatação faz parte da pesquisa "a primeira relação sexual: uma oportunidade para toda a vida" – realizada por uma fabricante de preservativos com cerca de 26 mil entrevistados em 26 países. A Áustria é o país onde se perde a virgindade mais cedo. O percentual dela é de 17,3%. Já os brasileiros ocupam o segundo lugar com o montante de 17,4% entre os que perdem a virgindade mais cedo.

De acordo com o levantamento, 47,9% da população usa preservativos na primeira relação sexual. Entretanto, há um dado surpreendente em relação aos brasileiros; é que a população com mais renda usa menos preservativo na primeira relação sexual: apenas 36,5% dos entrevistados das classes A e B usaram camisinha na ocasião, enquanto nas classes mais humildes essa taxa foi de 43,2% e na classe média, de 53,4%.

Para o cientista em Saúde Pública e coordenador da pesquisa, Miguel Fontes, a percepção que se tem é que, na classe média e na população mais humilde, há mais diálogo, existe uma questão de planejamento que não se vê nas famílias mais ricas. "As classes mais altas têm acesso a bens de consumo, mas talvez não tenham a consciência necessária", afirma ele.

A Polônia (63,2%) lidera o índice de uso do preservativo durante a primeira relação. Seguida por Grécia (59,8%), Espanha (57,2%), Japão (55,9%), México (49,5%) e Itália (47,9%). O Brasil aparece com apenas 47,9% durante a primeira transa.

O estudo foi realizado há dois anos, mas essa foi a primeira vez que os brasileiros foram "analisados". Os pesquisadores falaram com 1.068 pessoas com idade superior a 18 anos entre agosto e setembro do ano passado. Quanto ao parceiro com quem perderam a virgindade, 58,4% das mulheres afirmaram ter sido dentro de uma relação estável. Entre os homens, esse percentual foi de apenas 18,9%.

De acordo com o G1, o coordenador da pesquisa afirma que o resultado tem seus pontos positivos e os negativos. "Há uma tendência no Brasil das pessoas perderem a virgindade mais cedo, mas ainda falta informação para os jovens sobre saúde sexual. Por outro lado, vimos que há uma consciência quanto ao uso de preservativos."

"A nossa preocupação é que os brasileiros associam os preservativos à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e não como método contraceptivo. Isso mostra que a política de saúde contra DST/Aids está boa, mas ainda falta organizar uma política de saúde da mulher, de planejamento familiar."