Wednesday, May 02, 2007



Foto Google - Uncisal

Unidades hospitalares da Uncisal estão sem diretores desde o último dia 1

As unidades de saúde que integram o complexo da Universidade Estadual de Ciências da Saúde (Uncisal) estão sem diretores desde o último dia 1. A informação foi dada pelo reitor da universidade, André Falcão.

Segundo André Falcão, o afastamento dos diretores aconteceu devido ao fim do mandato. “Vamos designar a comissão eleitoral, a quem caberá definir as regras para o processo eleitoral de escolha dos novos diretores. Até a eleição, no final de maio, diretores temporários serão indicados para responder pelas unidades”, informou o reitor. Os nomes dos novos diretores devem ser conhecidos ainda esta semana.

No último dia 18, o Diário Oficial do Estado trouxe a nomeação de Marcos Seabra para fazer a gestão Pró – Tempore dos Hospitais Escola Drº José Carneiro e Drº Hélvio Auto em conjunto com os respectivos diretores das unidades, Carlos Lôbo e Marcelo Constant. Como o período de mandato dos diretores chegou ao fim, o provável gestor das duas unidades será Seabra. O que contraria o regimento geral da Universidade que afirma o seguinte: Diretor Geral e o Diretor Técnico dos Hospitais Escola serão escolhidos através de eleições diretas, com a participação paritária dos segmentos docente, discente e técnico-administrativo que exerçam suas atividades nas unidades hospitalares, além de contradizer a gestão democrática.

O que se comenta é que pode haver uma fusão dos hospitais Hélvio Auto e José Carneiro. Funcionários viram uma planta para construção de um centro cirúrgico destinado ao Hospital José Carneiro nas dependências do Hélvio Auto. Hoje, uma arquiteta e um engenheiro da Secretaria de Estado da Saúde visitaram o Hélvio Auto para realizar uma avaliação de onde pretendem construir o centro. A possível obra deve ser edificada no local onde foi feita uma reforma que acabou ano passado, ou seja, dinheiro público jogado no lixo.

Ficam algumas perguntas: Por que a Secretaria de Saúde do Estado pretende derrubar o Núcleo de Reabilitação, alojamento dos residentes, o auditório, e as salas de: Núcleo de Vigilância Epidemiológica, sala de aula, Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Assessoria Acadêmica, Contas Médicas e a Alimentação Parenteral do Hospital Hélvio Auto, única referência em moléstias infecciosas e parasitárias do estado de Alagoas? Para onde irão os pacientes, já que não há espaços para a ampliação de leitos? Onde serão colocadas as pessoas com Meningite, Aids, Dengue, Malária, Tétano, Leishmaniose, Febre Amarela, vítimas de acidentes com animais peçonhentos, acidentados com materiais biológicos, tuberculose pulmonar, raiva humana, leptospirose, cólera? Enfim, como serão atendidos cerca de 1500 usuários que utilizam o Serviço de Atenção Especializada (SAE) em Aids e Hepatite?

Todos os leitos do Hospital Hélvio Auto são do Sistema Único de Saúde (SUS) e atendem, principalmente, a população desprovida de condições financeiras. Além de ser campo de estágio para os estudantes de Medicina, Fisioterapia, Enfermagem, Psicologia entre outros, das Universidades, faculdades e escolas técnicas do Estado.

Outro fato estranho - É a afirmação do reitor sobre o processo eleitoral. “Até a escolha dos novos diretores, nenhuma unidade hospitalar deverá sofrer processo de descontinuidade nas suas atividades”. Cabe mais uma pergunta: Como os hospitais não sofrerão descontinuidade se estão sem diretores e o ortopedista e diretor tampão, que não conhece o funcionamento das estruturas, dará continuidade ao trabalho que vinha sendo desenvolvido pelos antigos diretores? Com a palavra o magnífico reitor.

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